O grande obstáculo que as mulheres têm para avançar na carreira e serem líderes está na educação. Muitas pessoas ainda entendem que os filhos são responsabilidade das mulheres e se conformam com um “eles ajudam” mas não substituem. E é assim, como elas tem que escolher entre a maternidade e a liderança.
As coisas melhoraram, mas como a Claudia Goldin, prêmio nobel de economia, revela em seu livro Carreira e Família, a verdadeira equidade para casais com dupla carreira permanece frustrantemente fora de alcance. As medidas de reparação, escreve Goldin, “tratam os sintomas e não a doença da desigualdade de gênero”. Ela mostra quantas profissões pagam desproporcionalmente mais por longas horas e trabalho de fim de semana, e como isso perpetua disparidades entre mulheres e homens”. Claudia mantém que devemos fazer mudanças fundamentais na forma como trabalhamos e como valorizamos os cuidados se quisermos alcançar a igualdade de gênero e a equidade do casal.
Acredito que temos que entender a maternidade como serviço para a sociedade. As pessoas têm que estar convencidas que ter filhos não é responsabilidade só delas. De que são anos de cuidado e educação de um ser humano. O mundo precisa de filhos para continuar e, consequentemente, o cuidado deles deve ser compartilhado com a sociedade.Mulheres, homens e a escola precisam se desconstruir e ensinar diferente a todos os nossos filhos para reestruturar os sistemas domésticos e escolares.
Ana Serrano Oñate é Membro de Diversidade e Mentoria do Programa de Liderança Feminina IBP
